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Juíza manda para banco dos réus alto escalão do PCC que planejou sequestrar Moro

A juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba, colocou no banco dos réus os integrantes de uma quadrilha ligada ao PCC que planejou sequestrar o senador Sérgio Moro.

Oito denunciados vão responder por crimes de organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro.

A magistrada entendeu que há ‘prova da materialidade delitiva e indícios de autoria’, destacando ainda que a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra os alvos da Operação Sequaz cumpre todos os requisitos para abertura da ação penal.

A ação penal se dá na esteira de ofensiva aberta pela Polícia Federal em março.

O caso virou palco do primeiro embate político entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-juiz Sergio Moro após o retorno do petista ao Palácio do Planalto.

O Ministério Público Federal narra que os acusados constituíram uma organização criminosa ‘que atuou com emprego de armas de fogo, com o objetivo de obter vantagens indevidas mediante a prática de crimes contra servidores e autoridades de segurança pública, especialmente delitos de extorsão mediante sequestro e homicídio qualificado’.

Segundo a Procuradoria, os denunciados seguiam ordens do PCC, que ‘compartilhou ao menos parte de seus membros’ com o grupo.

“A investigação revelou efetiva participação de membros de alto grau hierárquico do PCC, para determinar à organização criminosa ora denunciada o planejamento e execução de atentados contra pessoas que desempenharam funções na área de segurança pública, inclusive na esfera federal”, sustentou o órgão.

Com relação aos denunciados pela tentativa de sequestro de Sergio Moro, o Ministério Público narrou que o planejamento do crime se deu em razão da ‘função federal’ do ex-ministro, ‘com o fim de obter vantagem como condição do resgate, somente não consumando o delito por circunstâncias alheias às suas vontades’.

De acordo com a Procuradoria, os denunciados buscavam não só ‘concretizar vingança’, mas também ‘obter vantagens materiais com a prática do sequestro, desde a revogação dessas medidas adotadas pelo ex-ministro até a difusão de sensação de pânico generalizado na população civil e em autoridades públicas, diante do ataque direto àqueles que se dedicaram ao enfrentamento do crime organizado’.

 

(Rádio Educadora/Com Agência Estado)

Por | Postado em: 01/06/2023 - 08:24
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