O ex-secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, secretaria ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Ariel de Castro Alves, afirmou após a demissão do ex-ministro Silvio Almeida, que o governo sabia desde janeiro sobre as acusações de assédio de Silvio contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
“Na época foi difícil acreditar, mas depois ouvi colegas do movimento negro e do Ministério que confirmaram e falaram que as situações eram reiteradas”, afirmou Castro Alves.
Ele já havia deixado o ministério em maio do ano passado, mas afirmou que recebeu os relatos de colegas sobre o assédio e das denúncias contra o ministro depois de sua exoneração.
Alvez afirma que após o caso envolvendo Anielle, surgiram outras denúncias de assédio moral na Pasta, envolvendo Almeida e assessoras diretas dele. Ele também relatou diversos nomes que teriam deixado a Pasta em razão de episódios de assédio moral.
O ex-secretário diz que “mais de 50” pessoas deixaram o Ministério “chateados e frustrados” com as atitudes de Almeida e de suas principais assessoras.
(Rádio Educadora/Com Inf. Estadão Conteúdo)